Sintaxe

 

Estudo do período simples – sintaxe da oração


 

  • Hierarquia dos termos da oração

    • Termos essenciais
      • Sujeito¹
      • Predicado¹
    • Termos integrantes
      • Objeto direto¹
      • Objeto indireto¹
      • Complemento nominal¹
      • Agente da passiva¹
    • Termos acessórios
      • Adjunto adnominal
      • Adjunto adverbial
      • Aposto¹
    • ¹função substantiva (o núcleo é um substantivo ou palavra substantivada);

 

Sujeito


 

  • Definição → o termo sob o qual nós fazemos uma declaração;
    • Importante! a identificação do núcleo sujeito é requisito para verificar a correta concordância e flexão do verbo.
  • Classificação clássica
    • Simples → um só núcleo;
    • Composto → mais de um núcleo;
    • Oculto (elíptico ou desinencial) → identificável pela desinência verbal;
    • Indeterminado;
    • Oração sem sujeito;
  • Outras classificações
    • Ativo (agente) → que pratica a ação;
    • Passivo (paciente) → que sofre a ação;
    • Explícito → sujeito simples ou composto;
    • Implícito → sujeito oculto ou indeterminado;
    • Gramatical (nuclear) → núcleo do sujeito (substantivo ou termo substantivado);
    • Ampliado (complexo ou total) → é o sujeito nuclear com seus adjuntos;
    • Oracional;
  • 1º Característica → o sujeito e a preposição;
    • por ser um termo regente, não se deixa reger por preposição;
    • um termo regido por preposição não exercerá a função de núcleo de um sujeito;
      • Deve agradar aos (prep.) ruidosos passageiros toda essa parafernália eletrônica (s.), que os dispensa de refletir sobre si mesmos.
      • Não convêm a (prep.) muita gente esses momentos únicos de reflexão (s.), que uma viagem de ônibus possa propiciar.
      • Para (prep.) as pessoas mais sensatas, implica sérios riscos a drástica divisão entre pessimistas e otimistas (s.).
      • A (prep.) qualquer pessoa podem ocorrer, neste tempo de radicalismos, argumentos em favor da mais pessimista expectativa histórica.
      • Está na hora de o ônibus (s.) passar.
  • 2º Característica → o sujeito e as vozes verbais;
    • na voz passiva, o sujeito sofre a ação (carga passiva)! O termo de carga ativa relacionado ao verbo exerce a função agente da passiva (sujeito da voz ativa);
    • na voz ativa, o sujeito realiza a ação (carga ativa)! O termo de carga passiva ao verbo exerce a função de objeto direto:
      • Vários foram os problemas (sofre) que (o.d) enfrentou meu pai (realiza = s.).
      • Vários foram os problemas (realiza) que (s.) afetaram meu pai (sofre = o.d.).
      • Caberia comercializarem-se os televisores com uma advertência expressa sobre o perigo (sofre) que (o.d.) representam as exposições contínuas à tela de uma TV (realiza = s.).
      • Incluem-se entre as tantas vantagens (sofre) que (o.d) proporciona o trabalho (realiza) assalariado (s.) a pensão para os que se acidentam e o seguro para os que perdem o emprego.

 

Predicação verbal (Transitividade)


 

  • Transitividade
    • Intransitivos (VI) → sentido completo;
    • Transitivos → requerem complementação;
      • Transitivos diretos (VTD) → complementação sem preposição necessária;
      • Transitivos indiretos (VTI) → complementação com preposição necessária;
      • Transitivos diretos e indiretos (VTDI);
      • Transobjetivos (VTD + predicativo p/ o objeto);
    • De ligação (VL) → relacionais ou copulativos;
  • Exercício
    • Eu (s.) considero (VTD) seu pai (o.d.) um cara legal (p.o.)
    • Quem (s.) jamais te (o.d.) esqueceria (VTD)?
    • Caso não os (o.d.) afetasse (VTD) a redução do desenvolvimento econômico (s.), nos últimos anos, seriam (VL) outros (predicativo) os índices de ocupação de postos do trabalho formal no Brasil.
    • Não basta (VI) pensar na prevenção (s.); exercê-la (o.d.) é o dever que (s.) nos (o.i.) compete (VTI).
    • Do vértice do M (adj. adv.) cai (VI) a espumarada (s.)…
    • isso (s.) é (VL) a própria Minas (predicativo do s.)…
    • os quais (s.) subvertem (VTD) a razão natural (o.d.)…
    • Essa emancipação (s.) nos (o.d.) confronta (VTDI) com o vazio (o.i.).
    • O homem (s.) ocupa (VTD) hoje o centro (o.d.) de sua própria existência (c.n.).
    • Essa (s.) é (VL) a fantasia (p.s.), ao mesmo tempo grandiosa e hedionda, da clonagem.
    • Grandiosa pelo poder que (o.d.) confere (VTDI) à ciência (o.i.) e aos seus sacerdotes (o.i.)…
    • Se o projeto original do ser humano correspondia (VTI) à imagem e semelhança de Deus…
    • A era (s.) da religiosidade terminou (VI) no Ocidente (adj. adv.)…
    • … os que vivem (VTI) na expectativa (o.i) da felicidade absoluta;
    • Os pensadores da antiguidade clássica (VTDI) deixaram-nos (o.i.) um tesouro (o.d.);
    • … sigamos (VTD) as coisas (o.d) próximas;
    • E não invejemos (VTD) os (o.d.) que estão mais alto…
    • … favorecem (VTD) nossa esperança (o.d.);

 

Sujeito passivo em Vozes verbais


 

  • Vozes verbais → a forma como a ação verbal será atribuída ao sujeito;
    • Ativa → o sujeito pratica a ação;
    • Passiva → o sujeito sofre a ação (não existe objeto direto em voz passiva, o termo torna-se o sujeito);
      • Analítica ou locucional
      • Sintética ou pronominal
    • Reflexiva → o sujeito pratica e sofre a ação;
      • Propriamente dita (pura) → o sujeito sofre a ação (ferir, pentear);
      • Recíproca → a ação é praticada por duas pessoas (abraçar, cumprimentar, agredir);
  • Conversão da voz ativa → voz passiva analítica

    • Requisitos de conversão

      • os verbos VTD e VTDI podem ser convertidos, exceto:
        • ter, querer, poder, conter, haver (impessoal) e fazer (impessoal);
        • sofrer, aguentar e levar, com sentido de sofrer;
      • os verbos VI, VTI e VL não podem ser convertidos, exceto:
        • obedecer, desobedecer, responder, perdoar, pagar;
    • Regras de conversão
      • Sujeito → Agente da passiva
      • Verbo transitivo direto → Locução verbal (verbo auxiliar + particípio)
      • Objeto direto → Sujeito passivo ou paciente
      • Ativa → Passiva há +1 verbo;
      • Passiva → Ativa há −1 verbo;
    • Formação da locução verbal da voz passiva → Verbo auxiliar + verbo principal
      • Verbo auxiliar (ser, estar, ficar, vir) → flexionado no mesmo tempo e modo em que se encontra o verbo principal da voz ativa;
      • verbo principal → no particípio que deve concordar em gênero e número com o sujeito passivo;
        • comprar → ser;
        • João compra → é;
        • João comprou → foi;
        • João comprava → era;
        • João comprará → será;
        • Se João comprasse → fosse;
    • Exemplos de conversão de voz ativa para voz passiva
      • Soldados (vocativo), vossos chefes (s.) vos (o.d.) elogiaram (VTD) hoje?
        • Vós (s.) fostes elogiado pelos vossos chefes hoje, Soldados?
      • Ao analisar (VTD) o balanço (o.d.), o auditor pôde constatar (VTD) várias irregularidades (o.d.).
        • Ao ser analisado o balanço (s.), várias irregularidades puderam ser constatadas pelo auditor.
      • Eu posso comprar o carro.
        • O carro pode ser comprado por mim.
      • Todos (s.) deveriam te (o.d.) louvar (VTD) por causa das teses que tu vens defendendo na Universidade.
        • Tu (s.) deverias ser louvado por todos por causas das teses que vêm sendo defendidas por ti na Universidade.
      • Compraram um livro pela internet (sujeito indeterminado na 3º pessoa do plural).
        • Um livro foi comprado pela internet (voz passiva com agente indeterminado).
        • Comprou-se um livro pela internet (voz passiva sintética).
      • Podiam encontrar uma diagnose de traumatismo craniano (sujeito indeterminado na 3º pessoa do plural).
        • Uma diagnose de traumatismo craniano podia ser encontrada.
      • O referendo passa a legitimar o referendo da população.
        • As ações (s.) repressivas passam a ser legitimadas pelo referendo (a.p.) da população.
      • A linguagem foi submetida a uma investigação que excluía a intervenção divina.
        • … que a intervenção divida era excluída.
      • … essa constelação (s.) alterou (VTD) um de seus traços (o.d.).
        • Um de seus traços foi alterado
  • Voz passiva sintética

    • VI/VTI/VL + se (índice de indeterminação do sujeito − i.i.s.) → o verbo fica na 3º pessoa do singular;
      • Exemplos
        • (VTI) Precisa-se (i.i.s.) de novos funcionários.
        • (VTI) Trata-se (i.i.s.) de pessoas (o.i.) que não possuem compromisso com a área social do governo.
        • Quando se (i.i.s.) pensa (VTI) nas linguagens (o.i.) e nos ofícios (o.i.) …
    • VTD/VDTI + se (partícula/pronome apassivador − p.a.) → o verbo concordará com o seu sujeito passivo;
      • não existe objeto direto em voz passiva, o termo torna-se o sujeito;
      • Exemplos:
        • (VTD) Comprou-se (p.a.) o livro (s.).
        • Compraram-se dois livros (s.).
        • Já quase não se (p.a.) veem (VTD), numa viagem de ônibus, passageiros ensimesmados (s.), olhando vagamente pela janela.
        • Assim como ninguém vive sem o préstimo da água, não se (p.a.) superam (VTD) os infortúnios (s.) sem o apoio de um amigo verdadeiro.
        • Caso se (p.a.) coloquem (VTD) as leis (s.) acima do homem, este reagirá passando a seguir os ditames da natureza.
        • Não se (p. a.) impute (VTDI) aos (prep.) homens (o.i.) que desobedecem as leis impostas o qualificativo de rebeldes (s.), ou de irresponsáveis.
        • É preciso que se (p.a.) confira (VTDI) às (prep.) eleições (o.i.) muito mais que uma importância circunstancial (s.).
        • Não se (p.a.) atribua (VTDI) às manifestações eleitorais (oi) o sentido maior de um sistema democrático (s.).

 

Orações sem sujeito em estruturas com verbos impessoais


 

  • Verbo haver impessoalfica na 3º pessoa do singular;
    • Definição → Verbo haver com sentido de existir, ocorrer, acontecer e realizar-se, sendo pessoais (concordam com seus respectivos sujeitos).
      • VTD;
      • Não forma voz passiva;
      • O objeto direto pode ser substituído por pronomes oblíquos “o, a, os, as”;
    • Exemplos
      • Aconteceram (VI) problemas (s.) na festa (adj. adv.).
      • Houve (VTD) problemas (o.d.) na festa. → Houve-os.
      • Ainda que ocorram (VI) imprevistos (s.), nós iremos ao baile.
      • Ainda que haja (VTD) imprevistos (o.d.), nós iremos ao baile. → Ainda que os haja,…
      • Ainda que houvesse (VTD) variações genéticas (o.d.)…
      • Realizar-se-ão eventos (s.) para se debater o crescimento do Brasil no mundo.
      • Haverá (VTD) eventos (o.d.) para se debater o crescimento do Brasil no mundo. →  Havê-los-á.
      • Se existissem (VI) menos atos de violência (s.), a vida seria mais agradável.
      • Se houvesse (VTD) menos atos de violência (o.d.), a vida seria mais agradável.
  • Verbo haver em locuções verbais
    • 1º situação → Verbo auxiliar (fica 3º pessoa do singular, sem sujeito) + verbo haver (inf./ger./part.)
      • Deve (3º ps) haver (infinitivo) pessoas honestas …
      • Tinha (3º ps) havido (particípio) muitos comentários …
      • É comum considerar que deva (3º ps) haver (infinitivo) entre eles marcas estilísticas …
      • Pode (3º ps) haver (infinitivo) fatos que desconhecemos.
    • 2º situação → Verbo haver (concorda com o sujeito) + verbo pessoal
      • Devem (concorda com o sujeito) existir pessoas honestas (s.) …
      • Hão (concorda com o sujeito) de ocorrer eventos (s.) …
      • Não mais hão (concorda com o sujeito) de se (p.a.) ocultar (VTD) as verdades (s.)…

 

Concordância verbal


 

  • Tipos de concordância
    • Nuclear ou gramatical → concordância com o núcleo do sujeito;
    • Atrativa ou semântica → concordância com o complemento do núcleo sujeito;
    • Ideológica ou siléptica → concordância com a ideia que o núcleo do sujeito transmite;
  • Concordância em expressões partitivas
    • Definição → quando o sujeito é formado por expressões partitivas (uma parte de, a metade de, o grosso de, um grande número de, uma porção de, a maioria de) o verbo deverá concordar, no singular, com o núcleo dessas expressões ou com o termo da expressão explicativa ou especificativa que as acompanha.
    • Caso especial → se o verbo vier anteposto a este tipo de sujeito, só será permitida a concordância nuclear.
    • Exemplos
      • Boa parte dos inscritos no último concurso irá/irão realizar a prova no centro da cidade.
      • Grande número de automóveis circula/circulam nas principais capitais brasileiras.
      • Nas cidades, circula grande número de automóveis (deve concordar com o núcleo).
  • Concordância com numerais percentuais ou fracionários
    • Definição → quando o sujeito é formado por numerais percentuais ou fracionários seguidos de uma especificação, o verbo poderá concordar tanto com o numeral quanto com a expressão especificativa.
    • Regras
      • se o verbo vier anteposto a este tipo de sujeito, só será permitida a concordância nuclear.
      • se tiver número decimal, a concordância se dá pelo número inteiro.
      • se tiver número fracionário, a concordância se dá pelo numerador.
      • milhão, bilhão, trilhão… representam o singular.
      • milhões, bilhões, trilhões… representam o plural.
    • Exemplos
      • 1% do alunado → Verbo no singular.
      • 1% dos alunos → Verbo no singular ou plural.
      • 2% do alunado → Verbo no singular ou plural.
      • 2% dos alunos → Verbo no plural.
      • 32% de todo o dinheiro arrecadado será doado a…
      • 32% de todo o dinheiro arrecadado serão doados a…
      • 2/3 dos pesquisados vão…
      • 89% do eleitorado brasileiro não conhece bem os seus representantes.
      • 89% do eleitorado brasileiro não conhecem bem os seus representantes.
      • 89% dos eleitores brasileiros não conhecem bem os seus representantes.
      • um milhão de telespectadores assistirão
      • um milhão de telespectadores assistirá
  • Concordância com quantidade aproximada
    • Definição → quando o sujeito é formado por expressões que indicam quantidade aproximada (cerca de, perto de, mais de, menos de, coisa de, obra de, passante de, etc) seguidas de um numeral, o verbo concordará com este numeral que acompanha as expressões.
    • Regras
      • as expressões de quantidade aproximada não interferem na concordância;
      • Cerca de + numeral + substantivo + verbo;
    • Exemplos
      • Perto de quinze manifestantes se aglomeraram em frente ao Palácio do Planalto.
  • Concordância com pronome relativo “que”
    • Definição → quando o sujeito é o pronome relativo “que”, o verbo concordará com o termo antecedente.
    • Exemplos
      • Eu encontrei Paulo que (s.) estava com a filha.
      • De repente, apareceram muitos companheiros / que (s.) apoiaram de imediato o protesto.
      • O preço das ações que se negociou/negociaram na bolsa estava abaixo…
  • Concordância com nomes próprios que só existem no plural
    • Definição → quando o sujeito é formado por nomes próprios que só existem no plural (Estados Unidos, Andes, Patos, Minas Gerais, Alagoas), o verbo ficará no singular se estes nomes não vierem precedidos de artigo ou se o artigo estiver no singular. Caso apareça um artigo no plural, a concordância será feita no plural.
    • Exemplos
      • Estados Unidos vai/está/mandou
      • Os Estados Unidos vão/estão/mandaram
      • Estados Unidos ainda não encontrou uma saída para o Iraque.
  • Concordância com sujeito composto
    • Definição → quando o sujeito composto vier proposto ao verbo, é lícito que se concorde com o núcleo mais próximo desse sujeito ou, como nos orienta a regra geral, com ambos os núcleos (verbo + núcleo1 + núcleo2).
    • Exemplos
      • Das indagações do novo funcionário adveio/advieram uma nova ideia para a equipe e uma nova forma de pensar a empresa.
      • Não convém/convêm aos iniciantes na carreira advocatícia nem a liberalidade dos anarquistas nem a seriedade dos monges.
      • Inclui-se/Incluem-se entre as tantas vantagens que proporcionam o trabalho assalariado a pensão para os que se acidentam e o seguro para os que perdem o emprego.
      • Se nenhum desses profissionais da saúde resolvesse optar pela oncologia infantil, de quem esperaria algum amparo não só o pequeno paciente mas também os que, mesmo adultos, revelaram um câncer inesperado.
  • Concordância com núcleos no infinitivo
    • Definição → quando os núcleos do sujeito são infinitivos não precedidos de determinante, o verbo concordará na 3º pessoa do singular.
    • Regra → na língua portuguesa os infinitivos e as orações representam o número singular e o gênero masculino.
    • Exemplos
      • Fazer exercícios regulares e dormir oito horas diárias faz bem à saúde.
      • Fumar e beber em ambiente de trabalho é terminantemente proibido.
  • Concordância com núcleos unidos pela preposição “com”
    • Definição → quando os núcleos, no singular, do sujeito são unidos pela preposição “com”, o verbo da concordância poderá ficar no singular ou no plural. (X com Y, Nem X nem Y, Nem um nem outro, Um e outro)
    • Exemplos
      • O amigo com os seus melhores colegas foi/foram tomar satisfações com o outro grupo em virtude do ocorrido.
      • A igreja, junto com o poder absolutista, tinha … (o verbo ter pode ser flexionado no plural)
  • Concordância com sujeito oracional
    • Definição → o sujeito oracional (uma oração que possui um verbo e exerce a função de sujeito para um verbo que se encontra em outra oração) exige que o verbo da concordância fique na 3º pessoa do singular.
    • Exemplos
      • Não tem (3º p.s.) chances num concurso público quem nunca teve os estudos como companheiro (s.).
      • Caso politicamente não convenha (VTI) às autoridades do Ministério das Comunicações (o.i.) proibir o programa “Nheengatu” (s.), este será mantido em sua forma original.
      • Incendiar tantos automóveis nas ruas (s.) não abre novos caminhos, mas não há mais como ignorar a multidão dos deserdados.
      • Não cabe (VTI) às autoridades policiais (o.i.) valer-se de ordens superiores (s.) para justificar a violência dessas invasões.
      • Se não lhes (o.i.) convém (VTI) cumprir determinadas medidas (s.), cabe (VTI) aos advogados recorrer às instâncias superiores da justiça (s.).
      • É uma tolice imaginar-se que não se devam satisfações àqueles que não pertençam ao âmbito do nosso próprio grupo social (s.).

 

Regência


 

  • Regênciarelação de dependência
    • Eu gosto (VTI) de uva (o.i.).
      • “de” → pertence ao verbo, mas integra ao objeto indireto.
      • “gosto” → termo regente ou subordinante.
      • “uva” → termo regido ou subordinado.
    • Eu preciso da casa (há regência, pois o verbo impõe a preposição);
    • A casa de Maria é bonita (não há regência, pois a preposição não é imposta);
    • Ele chegará à fazenda à noite (há regência somente no primeiro acento grave, pois o verbo impõe a preposição);
  • A Predicação (Transitividade) para a Regência
    • Ele procurava incorporar (VTDI) à escrita (o.i.) o ritmo da fala (o.d.).
    • dar (VTDI) estado de literatura (o.d.) aos fatos (o.i.) da civilização moderna.
    • No Brasil, ele significou (VTD) principalmente libertação (o.d.) dos modelos acadêmicos (c.o.d.).
    • … os modernistas promoveram (VTD) uma valorização (o.d.) diferente do léxico (c.o.d.)…
    • consagrar (VTD) literariamente o vocabulário usual (o.d.).
    • … que a sua contribuição maior (s.) foi (VL) a liberdade de criação e expressão (p. do s.).
  • Os pronomes pessoais e a regência
    • Os pronomes oblíquos “me, te, se, nos, vos” podem exercer as funções sintáticas de objeto direto e de objeto indireto.
      • Eu quero (VTDI) dizer-te (o.i.) tantas coisas (o.d.).
      • Eu não te (o.d.) vi (VTD) ontem no shopping.
    • Os pronomes oblíquos “o, a, os, as” substituem o objeto direto da 3º pessoa, em VTD ou VTDI.
      • desinências –r, –s, –z → substitui a desinência por –lo, –la, –los, –las;
      • ditongo nasal → adiciona –no, –na, –nos, –nas;
        • Vou comprar (VTD) o livro. → Vou comprá-lo.
        • Entregaram (VTD) o documento? → Entregaram-no?
    • Os pronomes oblíquos “lhe, lhes”, quando completam verbos, exercem em regra a função de objeto indireto para VTI e VTDI, somente quando introduzidos pelas preposições “a ou para”.
      • Há verbos transitivos indiretos que não aceitam os pronomes “lhe, lhes” para o objeto indireto. Exigem as formas tônicas preposicionadas “a ele, a ela, a eles, a elas”.
        • Aspirar a, assistir a, proceder a (começar), visar a (ter em vista), aludir a, anuir a (concordar)…
        • Assistam a ele mais de uma vez.
        • Eles anuíram ao pacto → Eles anuíram a ele.
        • Eles assistiram ao show → Eles assistiram a ele.
      • Em regra tem função de objeto indireto, porém é possível ter função de complemento nominal ou adjunto adnominal indicativo de posse;
        • Obedeça a seu pai → Obedeça-lhe.
        • Entregaram o documento à secretária? → Entregaram-lhe o documento?
    • Os pronomes oblíquos da 3º pessoa “o, a, os, as, lhe, lhes” possuem como correspondentes tônicos os pronomes “ele, ela, eles, elas” precedidos de preposição.
      • Obedeça a seu pai → Obedeça-lhe → Obedeça a ele.
      • Entregaram-lhe o documento? Entregaram a ela o documento?
      • Eu vou lembrá-lo do compromisso → Eu vou lembrar a ele do compromisso (o.d. preposicionado).
  • Os pronomes relativos e a regência
    • Ontem encontrei um rapaz que/o qual poderá resolver o problema com o computador.
    • O rapaz que/o qual ontem eu encontrei vai viajar para a Europa.
    • Assisti à cena final daquele filme a qual me deixou emocionado.
    • Trouxe a fruta de que/da qual você gosta.
    • O médico em que/no qual/em quem eu confio viajou para a Europa.
    • A ponte sob a qual águas poluídas corriam era pênsil.
    • O deputado, contra cujas propostas muitos colegas de trabalho votaram, viajou para a Europa.
    • A missa a que/à qual assisti foi boa.
  • Os verbos e a regência:
    • Assistir → apresenta quatro regências, no sentido de:
      • “ver, presenciar, estar atento a” → VTI, requer a preposição “a”.
      • “caber, pertencer direito ou obrigação” → VTI, requer a preposição “a”.
      • “ajudar, prestar, assistência, auxiliar, socorrer” → admite VTD ou VTI.
      • “morar, residir” → VI
    • Chegar, ir, dirigir-se, no sentido de:
      • “atingir um determinado lugar, deslocar-se para” → VI, requer adjunto adverbial de lugar introduzido pela preposição “a”.
    • Esquecer, lembrar, no sentido de:
      • “sair da lembrança ou vir à lembrança” → VTD;
      • “esquecer-se, lembrar-se” → VTI-pronominais precedido da preposição “de”.
      • Verbo simples (VTD) →  Verbo pronominalizado (VTI)
        • Lembrar →  Lembrar-se de
        • Limitar →  Limitar-se a
        • Cercar →  Cercar-se de
        • Envolver →  Envolver-se em/com
        • Recordar →  Recordar-se de
    • Informar, alertar, notificar, avisar, cientificar, anunciar, no sentido de:
      • “comunicar, dar esclarecimento” → VTDI, geralmente;
      • informar:
        • algo (oi) a alguém (od)
        • alguém (od) de/sobre algo (oi)
      • Ainda não o informaram de que a gerência não gosta…
    • Obedecer, desobedecer → VTI, requer a preposição “a”
      • Obedece a mãe.
    • Pagar, perdoar, agradecer, no sentido de:
      • quando o objeto direito é representado por “coisa” → VTD.
      • quando o objeto indireto é representado por “pessoa” → VTI, requer a preposição “a”.
        • Crimes de guerra, não há como perdoá-los.
    • Visar, no sentido de:
      • “desejar, pretender, ter em vista” → VTI (geralmente), requer a preposição “a”. Não aceita “lhe, lhes”.
      • “desejar, pretender, ter em vista” → VTD (raramente, mas possível)

 

Acento grave


 

  • Acento grave → notação (nem sempre há crase nos casos de desambiguidade das locuções)
  • Crase → fenômeno de regência (marcação com acento grave)
    • Termo regente: preposição “a”
    • Termo regido:
      • artigo “a(s)”
      • pronomes demonstrativos “aquela(s), aquele(s), aquilo”
      • pronomes relativos “a qual, as quais”
    • Só há crase diante de substantivos femininos explícitos ou implícitos.
    • Só há crase diante de substantivos determinados, especificados.
  • Regras de identificação:
    • Trocar o verbo regente pelos verbos “vir” ou “estar”:
      • Se aparecer “de, em” → sem crase.
      • Se aparecer “da, na” → com crase.
    • Trocar pelo artigo “a(s)” pelo artigo indefinido “uma(s)”
      • Se aparecer “uma, umas (apenas)” → sem crase.
      • Se aparecer “a uma, a umas” → com crase.
    • Trocar “aquele(s), aquela(s), aquilo” por “este(s), esta(s), isto”
      • Se aparecer “este(s), esta(s), isto” → sem crase.
      • Se aparecer “a este(s), a esta(s), a isto” → com crase.
  • Exemplos:
    • Maria gosta de comprar bombons a granel (masculino).
    • Temos almoço comercial a partir (verbo) de R$ 20,00.
    • Ele realizou o projeto a contragosto (masculino).
    • O juiz não está a par (masculino) do processo.
    • Ela faz tudo a bel-prazer (masculino).
    • Ele nunca foi a escola (nunca foi nenhuma escola).
    • Ele nunca foi à escola (nunca foi a escola que ele está matriculado).
    • Estou com sono; prefiro a cama à sala.
    • O conhecimento dele está ligado à bondade da professora.
    • Ele falará tudo à professora.
    • Emitiremos notas fiscais correspondentes às duas últimas prestações.
    • Na aula, chegou à conclusão de que não valia levar adiante aquela experiência.
    • Em seus comentários, reportou-se à Roma de césares.
    • Nas minhas férias, fui a Manaus (estava em/vim de Manaus).
    • Jamais irás àquele (a este) lugar.
    • O prefeito assistia àquilo (a isto) sem reações.
    • Atribui àquela (a esta) coordenadora os prejuízos que obteve naquele mês.
    • Esta ideia é igual à (a+aquela) que Zé falou.
    • Não me reporto à impunidade (ao crime) de um caso particular, mas àquela (a esta) que se generaliza e dissemina a descrença na justiça dos homens.
    • É difícil admitir que vivem à solta (locução adverbial) tantos delinquentes, sobretudo quando se sabe que pessoas inocentes são levadas à barra (locução prepositiva) dos tribunais.
    • O autor do texto faz menção a uma (artigo indefinido) série de princípios de interdição (direito), a qual (sujeito) teria proveniência na vontade divina. (sem crase)
    • Assiste-se hoje à multiplicação (ao crescimento) de casos de impunidade, à descabida proliferação de mais exemplos de conduta social.
    • Quem dá crédito à ação (ao agir) da justiça não pode deixar de trabalhar para que não se furtem às sanções (aos crimes) os mais poderosos.
  • Casos obrigatórios
    • Recebe o acento grave (não há crase) o “a” inicial das palavras femininas:
      • das locuções adverbiais: à noite, à tarde, à beça, à revelia, à deriva, à farta, à vista, à primeira vista, à hora certa, à esquerda, à direita, à toa, à espanhola, à milanesa, à oriental, à ocidental, às vezes, às escondidas, às avessas, às claras, às pressas, à vontade, às ocultas, etc.
      • das locuções prepositivas: à custa de, à força de, à beira de, à espera de, à vista de, à guisa de, à semelhança de, à frente de, à razão de, à cata de, à roda de, à mercê de, à base de, à moda de, à maneira de, etc.
      • das locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que.
      • Exemplos:
        • Matar a fome
        • Matar à fome (matar sem comida)
        • Cheirar a gasolina (inalar a gasolina)
        • Cheirar à gasolina (fedendo)
        • Todas as vezes (sem acento grave)
        • Senhor taxista, por favor, vire à direita
        • À medida que estuda, aprende mais.
        • Ele voltará à noite.
        • Não se deve sair às pressas de uma festa; é descortês.
        • João enricou à custa alheia.
    • Recebe o acento grave o “a” inicial dos pronomes demonstrativos “aquele(s), aquela(s), aquilo, a(s)” quando o termo regente exigir a preposição.
  • Casos facultativos
    • Diante de pronomes possessivos adjetivos femininos no singular quando o termo regente exigir a preposição “a”.
      • Ele desistiu de viajar devido a/à sua doença.
      • Para explicar as mãos inchadas, menti a/à minha mãe.
    • Diante de nomes femininos.
  • Casos proibitivos
    • Diante de verbos.
      • Começava a escurecer.
      • Estamos dispostos a trabalhar.
    • Diante de palavras masculinas.
      • Isto cheira a vinho.
      • Entrega a domicílio.
      • Vim a mando de meu patrão.
    • Diante de pronomes pessoais retos, oblíquos e de tratamento, à exceção de “senhora, senhorita, dona e madame”.
      • Solicito a Vossa Senhoria o obséquio de…
      • Recorreram a mim (proc. oblíquo)
    • Diante de artigos indefinidos.
      • O conflito levou o país a uma (art. indef.) situação terrível.
    • Diante de pronomes indefinidos (a muita, a ninguém, a cada, a alguém), dos interrogativos, dos demonstrativos “este, esta, estes, esse, essa, esses, essas e isto” e dos relativos, à exceção de “a qual e as quais”.
      • A quem (pron. interr.) se diriam palavras de amor tão belas?
      • Escrevi a algumas (pron. indef.) colegas.
      • Diariamente chegam turistas a esta (pron. demonst.) cidade.
    • Diante de um “a” no singular o qual precede uma palavra no plural; substantivo em sentido geral e indeterminado. (ele não gosta de festas, ele não vai a festas).
      • Não vai a festas nem a reuniões.
      • Não vai às festas nem às reuniões.
      • Ele se dirigiu a pessoas estranhas.
      • Ele se dirigiu às pessoas estranhas.
    • Diante de substantivos femininos usados em sentido geral indeterminado.
    • Diante de expressões formadas por palavras repetidas (gota a gota, ponta a ponta, dia a dia, frente a frente, uma a uma, cara a cara, corpo a corpo, lado a lado, etc). Dê vida à vida.
      • Tomou o remédio gota a gota.
  • Casos especiais
    • Ocorrerá crase com os pronomes relativos “a qual e as quais” sempre que o tempo regente exigir a preposição “a”.
      • Esta é a pessoa à qual ele se referiu durante o café da manhã.
      • Encontrei as mulheres do departamento às quais ele entregou todos os relatórios da gerência

 

Sintaxe de Pontuação


 

  • Pontuar é uma necessidade sintática, ou seja, ocorre em função de termos e orações deslocados dentro da estrutura oracional.
  • Pontuar pode alterar o sentido e a função sintática de um termo ou de uma oração.
  • Os sinais de pontuação seguintes podem ser geralmente trocados uns pelos outros sem que isso provoque erro gramatical ou alteração semântica: , ; : – (
  • Vírgulas entre termos
    • Para separar termos coordenados assindéticos (sem ligação por conectivo/preposição), de mesma função sintática, que formam, muitas vezes, enumerações.
      • Deparamo-nos em nossa viagem com uma paisagem paradisíaca na qual se viam o sol, algumas nuvens, o mar ao longe, alguns coqueiros e duas casas numa restinga.
      • As mulheres voluntariosas, as soberanas poderosas e as artistas não encontravam espaço no show.
      • O Brasil sofre com inúmeros problemas, como fome, miséria, falta de saneamento e violência (enumeração fechada).
      • O Brasil sofre com inúmeros problemas, como fome, miséria, falta de saneamento, violência (enumeração aberta, e evita o etc, entre outras).
    • Para isolar vocativo
      • João, você vai à festa amanhã?
      • Mas olha, meu Telmo, torno a dizer…
    • Para separar adjuntos adverbiais locucionais
      • Adjunto adverbial
        • Não pontuar, salvo necessidade de ênfase
          • Simples → Iremos hoje ao shopping.
          • Terminados em “–mente” → No que eles estavam todos de acordo é que ela era extraordinariamente bela.
          • Locucionados de pequena extensão → Todos em princípio discordam do que ele disse.
        • Pontuação obrigatória
          • Locucionados de grande extensão → “Desde as quatro horas da tarde, no calor e silêncio do domingo de junho, o Fidalgo da Torre trabalhava.”
            • Na história recente do Brasil, as grandes mudanças políticas têm sido grandes e graves.
          • Oracionais (or. sub. adverbial)… (explicação no uso de vírgulas em orações)
    • Para isolar apostos explicativos
      • “Vós fostes o aio e amigo de meu senhor… de meu primeiro marido, o Senhor D. João de Portugal…”
      • “O Dr. Camargo, médico e velho amigo da casa, foi ter com Estácio…”
    • Para isolar o predicativo do sujeito deslocado dentro da estrutura oracional quando o verbo não é de ligação
      • Maria chegou cansada.
      • Cansada, Maria chegou.
      • Triste com a notícia, o rapaz deixou a sala em silêncio.
      • O governo, contente com a redução da inflação, interveio junto ao Banco Central para que este diminua a taxa SELIC.
    • Para separar expressões explicativas, conclusivas e retificativas, interpostas na oração como “isto é, a saber, ou seja, por exemplo, ou melhor, outrossim, com efeito, assim, então, por assim dizer, além disso, ademais”
      • Quaresma fez o Tangolomango, isto é, vestiu uma velha sobrecasaca do general…
  • Vírgulas entre orações
    • Para separar orações coordenadas assindéticas
      • “Entregou a espingarda a sinhá Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos…”
      • “Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se.”
      • Emprega-se a vírgula para separar as orações coordenadas sindéticas (aditivas, alternativas, adversativas, explicativas e conclusivas), exceto as introduzidas pelo conectivo aditivo “e”.
      • É obrigatório o emprego da vírgula antes do “e” aditivo quando esta conjunção ligar orações que apresentam sujeitos diferentes. (FCC e Cespe consideram facultativo)
        • Pedro chegou e foi ao banheiro (sujeito igual, vírgula facultativa).
      • Regra geral: “oração assindética, oração sindética”.
      • Paradigma de pontuação das adversativas:
        • Eu gosto de uva, mas não aprecio maçãs. (regra geral)
        • Eu gosto de uva; não aprecio, porém, maçãs. (enfatizar a oração adversativa)
        • Eu gosto de uva; no entanto, não aprecio maçãs. (enfatizar a oração adversativa) → não se pode isolar conjunções entre orações.
        • Eu gosto de uva; não aprecio maçãs, contudo. (enfatizar a oração adversativa)
        • … as duas janelas estavam cerradas, mas sentia-se fora o sol faiscar nas vidraças (regra geral)
        • Não frequentava botequins, nem fazia noitada (regra geral)
    • Para separar orações subordinadas adjetivas explicativas
      • Aquele olhar profundo, que parecia despedir os fogos surdos de uma labareda oculta, incutia nela um desassossego íntimo.
    • Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas (adjunto adverbial oracional) quando antepostas à oração principal ou intercaladas nela.
      • Adjunto adverbial oracional:
        • Antepostos à oração principal → Uso obrigatório da vírgula;
        • Intercalados na oração principal → Uso obrigatório de pontuação (vírgulas, parêntesis ou travessões);
        • Pospostos à oração principal → Uso facultativo da vírgula;
      • Logo que começou a revolver os papéis (adv. temporal anteposta), a mão do médico tornou-se mais febril.
      • O conselheiro, embora não figurasse em nenhum grande cargo do Estado (adv. concessiva intercalada), ocupada elevado lugar na sociedade.
    • Para separar as orações reduzidas (de gerúndio, de infinitivo e de particípio) adverbiais e adjetivas quando antepostas à oração principal ou intercaladas nela.
      • Hoje, pensando melhor, acho que servi de alívio.
    • Para separar orações intercaladas;
      • Venha, acudiu ele, venha o grande homem.
      • Cão que ladra, diz o dito popular, não morde.
  • Uso proibitivo de vírgulas
    • Entre o sujeito e o seu verbo quando juntos, ainda que um preceda ao outro.
    • Entre o verbo e o(s) seu(s) complemento(s) quando juntos, ainda que um preceda ao outro.
    • Entre o nome (substantivo, adjetivo e advérbio) e o seu complemento quando estão juntos.
    • Entre o nome (substantivo) e o seu adjunto adnominal.
    • Entre o nome e a oração subordinada adjetiva restritiva.
    • Entre a oração principal e a oração subordinada substantiva, salvo a oração subordinada substantiva apositiva.
    • Exemplo (FCC):
      • A indignação (substantivo) de muita gente (adjunto adnominal) não transpõe, na maioria dos casos, o âmbito das conversas privadas, e, assim, os valores éticos acomodam-se no plano raso de uma discurso, que não leva à ação.

 




Reinaldo Gil Lima de Carvalho